domingo, 2 de dezembro de 2012

poemas cracudos (parte IV)

santo! santo! santo! santo! santo!
santo! santo! santo! santo! santo!
ai, santa!
santa boca, santa carne
santa unha, santa ceia
santa bunda, santa vulva
santa tartaruga!
santa sereia!
santa, senta aí!
santa, se renda!
santa,  se rendinha!
santa, se seda!
santa, se exceda!
santa, com’ ‘cê ‘tava ‘desaparecida?
santa, ‘cê ‘tá cuma cara di-apodrecida!
santa, overdose de cocaína!
santa senhora da barroquinha
toda molhadinha, sem calcinha!
minha oração pra senhora será:
“enquanto for a vida ilógica
sem métrica, nem rima
só na janela imunológica!
só sem camisinha!”

Nenhum comentário: